Caso Keu da Feira: Sangue de suspeito foi coletado e investigação do crime segue sob sigilo
Na ultima sexta-feira (05), um empresário foi alvejado com disparos de arma de fogo na Feira Livre de Santo Antônio de Jesus e veio a óbito no HRSAJ (Hospital Regional de Santo Antônio de Jesus). A vítima, identificado como Keu, era natural de Jaguaquara e trabalhava em Santo Antonio de Jesus como distribuidor de verduras. Na última segunda-feira (08), a Feira Livre amanheceu de portas fechadas.
Em entrevista concedida a Rádio Andaiá FM nesta quinta-feira (11), o delegado titular da 4ª Coorpin, Dr. Adilson Bezerra divulgou informações preliminares acerca deste caso que está sob sigilo. Segundo ele, as investigações estão adiantadas e não é possível a divulgação para não prejudicar os trabalhos da polícia.
“O que eu posso garantir é que já temos algumas linhas de investigação e que possivelmente o autor poderá ser preso a qualquer momento e aí sim poderei passar em detalhes como foi essa investigação”, disse.
O delegado afirmou que um dos tiros disparados pela vítima chegou a atingir um dos acusados quando este estava entrando para pegar o veículo.
“Algumas questões técnicas investigativas também foram feitas como a coleta do sangue de um dos acusados, devido a uma troca de tiros entre a vitima e um dos acusados, já foi periciada, tipo sanguíneo e DNA já foi analisado pela perícia, o trabalho está sendo feito e estamos dando prioridade a este caso, mas que não podemos neste momento fazer divulgações”, informou.
Adilson disse ainda que muitas pessoas foram ouvidas e foram feitas as coletas de diversas filmagens em todo entorno da feira e seguindo o percurso levado pelos criminosos, dados que já fazem parte do conjunto probatório. Segundo ele, pelas imagens está confirmado que o primeiro disparo foi efetuado pelo criminoso e a vítima teria agido em legitima defesa, mas não é possível dizer se foi latrocínio ou homicídio, somente um conjunto probatório para delimitar como foi a ação e a motivação por trás daquele crime.
“Ambas as situações seriam, em tese, possíveis. Se analisarmos bem, dá pra perceber que ele foi comunicado da aproximação dos seus algozes, tão logo ele se levantou foi atrás do box e sacou de sua arma, em seguida um dos algozes correu e teve a troca de tiros. Então é possível que essa atitude dele se levantar e pegar a sua arma, tenha sido motivador para que aquele que vinha, em tese, com a intensão de cometer o roubo, teria cometido a morte e logo fugido o que daria um latrocínio consumado, mesmo não tendo havido o roubo. Mas também, da mesma forma, as filmagens também possibilitam levantar a hipótese de execução, ou algo desta natureza”, concluiu.
Voz da Bahia