O assassinato da vereadora carioca Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes completa quatro anos nesta segunda-feira (14.03) e uma pergunta permanece: quem mandou matar Marielle? Os réus Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz estão presos desde 2020, mas a força-tarefa responsável pela investigação ainda busca os mandantes.
De acordo com o Ministério Público, os trabalhos continuam e, nos últimos três meses, a equipe colheu novos depoimentos para tentar chegar a quem orquestrou o crime. A força-tarefa também aguarda uma decisão do Supremo Tribunal Federal sobre a liberação de dados telemáticos do Facebook que são considerados importantes para o aprofundamento da investigação.
O órgão reafirmou, em nota, o seu empenho e o emprego de todos os esforços para a obtenção dos elementos de prova a fim de alcançar os mandantes. Mas para a viúva de Marielle, Mônica Benício, quatro anos sem conclusão já é tempo demais.
A família da vereadora participou de uma missa realizada em sua homenagem na Igreja da Candelária, no Centro do Rio de Janeiro, na manhã desta segunda-feira. O pai da vereadora, Antônio Francisco da Silva disse que a saudade da filha é muito grande. Para ele, o crime está relacionado à atuação política de Marielle.
Marielle Franco e Anderson Gomes foram mortos na noite do dia 14 de março de 2018, no bairro do Estácio. A vereadora seguia para casa depois de sair de um evento no centro do Rio, quando o carro em que ela estava foi interceptado e alvejado. O policial reformado Ronie Lessa e o ex-PM vão a júri popular pela execução do crime, em data ainda não agendada. De acordo com as autoridades, ambos têm relações com grupos de extermínio e milícias. Apesar de presos, os réus não apontaram os possíveis mandantes do crime.
Rádioagência Nacional