Política

Primeira ida de Bolsonaro ao Nordeste no 2º turno tem ato esvaziado

Pela primeira vez no Nordeste no segundo turno, Jair Bolsonaro (PL) atraiu nesta quinta-feira, 13, menos apoiadores no Recife (PE) do que costuma reunir em outras atividades de campanha nas ruas do país. Após participar de um encontro fechado com evangélicos e lideranças políticas locais pela manhã, o presidente discursou para um grupo pequeno de apoiadores no início da tarde em um trio elétrico na orla da praia de Boa Viagem. Seus eleitores se posicionaram em um trecho do calçadão da praia e ocuparam o espaço à frente do trio e nas suas laterais. A quantidade de pessoas destoa das multidões arrastadas pelo presidente em seus comícios.

Em breve discurso, Bolsonaro não mencionou o nome da cidade em que estava pisando. Referiu-se ao local e apenas como “Nordeste”. “Boa tarde, meu Nordeste. Aqueles que falam que eu não gosto de nordestino, fiquem sabendo que a minha princesa, dona Michelle, é filha de um cabra da peste do Ceará. Sou apaixonado por uma nordestina e na minha filha, em suas veias, corre sangue de cabra da peste”, disse.

Bolsonaro estava ao lado de seu ex-ministro Gilson Machado, derrotado na corrida ao Senado por Pernambuco. O presidente fez um aceno à região ao mencionar a queda recente no preço da gasolina e a deflação. “Isso é trabalho de 23 ministros. Entre eles, o Gilson cabra da peste aqui. Dos 23 ministros meus, sete são do Nordeste e eles vêm fazendo a sua parte”, disse.

O presidente mencionou também projetos de investimento em indústrias e geração de energia elétrica na região. “O Nordeste em pouco tempo passará a exportar energia verde. Vamos reindustrializar o seu parque aqui nos noves estados”, disse.

Por fim, Bolsonaro antagonizou com Lula (PT) e disse que o ex-petista voltará para a cadeia. Ele comparou o Bolsa Família com o Auxílio Brasil e disse que de um lado da disputa eleitoral está um “presidente que defende o livre mercado” e do outro lado, um candidato que é “pelo estado opressor, forte e corrupto”.

“Se dependesse do voto apenas dos prisioneiros no Brasil, ele teria ganho disparado no primeiro turno. Ele vai voltar para a cadeia, sim. Lugar de ladrão é na cadeia. Teve a chance de mostrar para o Brasil e para o mundo como administrar um país sem corrupção. Optou pelo caminho errado. Não vai ganhar no dia 30 de outubro”, disse.

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