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Estudantes fazem protesto pelo Brasil pedindo revogação do Novo Ensino Médio

Estudantes se reuniram em diversas cidades do Brasil para se manifestar contra a implementação do Novo Ensino Médio nesta quarta-feira (15). Os protestos ‘#RevogaNEM’ contam com a participação de entidades do movimento estudantil, alunos e ativistas pela educação que rejeitam a proposta que deve alterar a educação do país.

O dia 15 de março ficou marcado como a data dos primeiros grandes protestos contra Jair Bolsonaro, em 2019, quando o governo anterior anunciou cortes na área da educação.

Quatro anos e uma eleição depois, os estudantes seguem na rua em busca de suas pautas. Os protestos foram realizados em 48 cidades brasileiras, contando com a presença de milhares de pessoas.

O que é o Novo Ensino Médio?

O Novo Ensino Médio ou Reforma do Ensino Médio, é um produto da Lei nº 13.415/2017, aprovada pelo governo Michel Temer. Ele altera a base curricular dos ensino médio, reduzindo a formação comum e introduzindo os “itinerários formativos”.

Resumidamente, ele dará a possibilidade do aluno escolher uma área de enfoque para sua formação do Ensino Médio. Há cinco opções para os estudantes: Linguagens e suas Tecnologias, Matemática e suas Tecnologias, Ciências da Natureza e suas Tecnologias, Ciências Humanas e Sociais Aplicadas e Formação Técnica e Profissional.

A mudança não passou por debate com professores, estudantes e profissionais de educação. Entre os problemas apontados pelos críticos, um dos mais fortes é o fim da universalidade do ensino.

As escolas não serão obrigadas a oferecer todos os itinerários, o que causará diferenças entre diferentes unidades de ensino, entre redes de ensino e entes federativos. Além disso, escolas particulares terão mais infraestrutura para adotar o novo modelo, aumentando a desigualdade social.

O atual ministro da Educação, Camilo Santana (PT-CE), não sinalizou uma revogação do Novo Ensino Médio e mantém o cronograma de implementação da política sugerida durante o governo Bolsonaro. Caso o projeto não seja derrubado neste ano, ele já deve ser implementado no ENEM 2024, o que, segundo especialistas, dificultaria sua revogação.

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